sexta-feira, 22 de julho de 2011

Capítulo 11 - Na luz do seu sorriso

For The Frist Time - The Script

Powered by mp3skull.com






Você abriu a porta, não a deixe fechar
Estou aqui no limite de novo

Eu queria conseguir deixá-lo ir

Sei que estou só a um passo

De mudar tudo isso

(All I need – Whitin Temptation)





Eu olhei Flavio nos olhos, e pela primeira vez eu pude ver que ele era realmente muito bonito, e se eu não estivesse apaixonada por Pedro como eu estou provavelmente já teria cedido aos seus encantos. Antes que eu pudesse responder qualquer coisa Pedro falou por mim.
- Não – sua voz era grossa e certeira, ele encarou Flávio por um momento e eu pude ver a hostilidade que tinha entre os dois.
- A Catarina você não está com medo, está? Quer dizer eu não vou te machucar eu vou te ensinar, afinal não é para isso que você está aqui? – Ele sorriu para mim, e ele tinha razão não é como se ele fosse me matar ali, afinal eu era filha de Henrique e pelo o que eu vi até agora, eles não seriam capaz de me machucar.
- Tudo bem – eu disse me aproximando, mas não peguei em sua mão, passei direto.
Ele sorriu ainda mais, se virou e se aproximou rapidamente.
- Você sabe como se luta Catarina? – ele disse se aproximando demais de mim.
- Sei as regras – eu disse me afastando, ele sorriu e como um vulto pegou outra espada e me deu.
- Ótimo então podemos começar. – ele disse aproximando o seu rosto do meu e saindo com um sorriso safado no rosto.
Se ele queria jogar, então nós vamos jogar, só que se ele pensa que pode jogar o mesmo jogo que o Pedro ele está muito enganado.
Eu sorri e me afastei, nós nos cumprimentados.
No momento em que peguei a espada, eu senti uma dor forte na minha cabeça que fez com que eu me curvasse um pouco, imagens flashes onde eu estava lutando com espadas, e então eu sabia tudo, cada golpe, cada ponto de ataque tudo, eu levantei minha cabeça, e pude ver que Pedro me olhava preocupado.
- Está tudo bem Catarina? – Flávio disse se aproximando, eu levantei minha cabeça rápido e assumi a postura de luta.
- Estou ótima.
- Então podemos começar – ele sorriu.

Nós começamos devagar, apenas defendendo ataques fracos um do outro, até que ele veio com tudo p. cima de mim e eu me desviei, e ataquei com tudo em cima dele, ele era rápido, mas com as espadas eu era mais, de uma forma que eu não sabia explicar eu podia prevê cada golpe antes que ele me atacasse, quando ele se preparava para me dar o golpe eu já sabia e me adiantava me defendendo e o atacando, até que ele me rodou, e ia colocar a ponta da espada em meu pescoço, eu me abaixei rapidamente e quando levantei cortei sua blusa, atingindo sua pela na altura da barriga.
Ele sorriu.
- Se queria me ver nu, era só pedir Catarina – eu o olhei irritada e o ataquei com tudo, cortei o lado esquerdo da sua coxa.
Ele me encarou, como se estivesse surpreso, e com certeza até eu mesma estava, quer dizer eu nunca fiz nenhuma aula, nada, como eu poderia lutar desse modo, eu não sei, só sei que eu tinha me lembrado, aqueles flashes eu sabia que eram memórias, e então eu sabia lutar.
Flávio veio com tudo pra cima de mim, claramente tentando recuperar seu orgulho, e conseguiu fazer um leve corte na minha mão esquerda, eu estava adorando aquilo, a adrenalina da luta, o imprevisível, eu sorri e chupei o sangue que estava escorrendo, ele me encarou claramente excitado, eu o encarei de volta com raiva, eu não gostava da presunção dele, de achar que tudo e todos, pertencem somente a ele, ele era claramente patético.
Ele veio com velocidade de vampiro para trás de mim e tirou meu cabelo da nuca me pegando de surpresa achando que ia ceder a seu jogo, e nesse momento eu sorri para mim mesma e enfiei a espada em seu estômago e a tirei me virando para vê-lo, o vampiro que eu considerava juiz na luta anterior anunciou que eu era a vencedora, Flávio ficou me encarando claramente surpreso e intrigado, eu apenas dei um sorriso irônico e sai, ao passar por Pedro lhe entreguei a espada com sangue e segui para o meu quarto.       

Ao chegar ao meu quarto, fui para o banheiro e deixei minha mão embaixo da água de modo que fizesse parar o sangramento, afinal não é legal você sendo humana andar sangrando em uma mansão onde todos são vampiros e não se alimentam de sangue humano fresco há muito tempo, isso pode claramente causar problemas, eu sorri para mim mesma com esse pensamento.
Depois de fazer um curativo, me deitei para descansar, eu estava exausta, e ainda muito confusa com tudo o que tinha acontecido, como eu tinha lutado daquele jeito? E que memórias são aquelas de mim lutando? Eu não me lembro de ter vivido aquilo, mas eu vi claramente, era eu que estava vestida de forma diferente e lutando, mas como antes eu ainda prefiro evitar perguntas, porque a cada vez que surgi mais perguntas de certa forma, elas vêem mais fortes e mais dolorosas, e no momento já estou passando por coisas demais, interrompendo meus pensamentos alguém bateu na porta.
- Entre – e quando a porta se abriu eu pude ver que era Isabela.
- Minha filha deixe-me ver sua mão, o que você tinha na cabeça lutando espadas daquele jeito com Flávio?
Eu sorri claramente ela era minha mãe.
- Mãe eu venci – eu disse olhando-a nos olhos – fique calma foi só um corte leve eu já cuidei disso.
Ela se aproximou de mim, e então no meio do caminho parou me olhou com uma cara de dor e então se virou para o outro lado.
- O que houve? Isabela está tudo bem? – eu disse me levantando e indo em direção a ela.
Ela se virou
- Sim está, eu só... – Ela sorriu – Eu achei que fosse ter medo por eu ser uma vampira e cuidar de um ferimento seu.
Eu a olhei nos olhos e me aproximei dela.
- Claro que não Isabela, não tenho motivos para ter medo de você – eu sorri e ela retribuiu o sorriso e me deu um abraço apertado.
- Ainda bem que você sabe disso minha filha, eu nunca faria nada que pudesse te machucar.  – eu a olhei
- Eu sei disso
- Mas mesmo assim me deixei ver como isso está – ela pegou minha mão e a desenfaixou. – Nossa esse corte foi um corte feio Catarina, espere um segundo. – ela se levantou e foi até o banheiro e voltou com uma caixinha de primeiros socorros.
- Você sabe lidar com ferimentos? Quer dizer vocês são vampiros, vocês se curam rápido. – eu a encarei intrigada.
- Quando eu era humana, eu era enfermeira então não se preocupe é como andar de bicicleta – ela sorriu – E até mesmo nós vampiros, temos truques para que ferimentos humanos curem rápido.
Eu a encarei, de que truque ela estava falando? Quer dizer eu não iria beber do sangue dela nem nada do tipo.
- Continuando – ela abriu a caixa e tirou uma caixinha pequena de alumínio que tinha dentro e pegou um pouco de uma pasta que tinha dentro e passou em cima do corte. – pronto, amanhã já deve estar bom.
Eu a encarei, ainda mais confusa do que antes
- O que você fez?
Ela sorriu
- Isso aqui é uma antiga pasta, feita por ervas medicinais capaz de curar ferimentos muito rápido e não estraga com o tempo ao contrário só melhora o que no caso de seres imortais é ótimo.
Eu sorri
- Obrigada.
- De nada meu amor – ela se levantou e ficou em silencio como se estivesse ouvindo algo fora dali e em seguida se virou para mim – Acho que alguém quer falar com você – nesse momento alguém bateu na porta. – Entre – ela falou alto.
Pedro entrou pela porta devagar, ainda incerto se deveria estar ali.
- Boa tarde Isabela – ele a cumprimentou – Estou interrompendo?
- De modo algum, eu já estava de saída e Catarina precisa mesmo de uma companhia. – Ela me olhou com um sorriso no rosto que já dizia tudo, “eu estou sobrando aqui” e eu não pude evitar sorri de volta. – Eu já vou minha filha, mais tarde eu passo aqui novamente para vê-la
- Tudo bem Isabela, obrigada
Ela sorriu e saiu.

Depois de Isabela ir embora só ficou eu e Pedro no quarto, ficamos parados olhando um nos olhos do outro por um longo momento, quem cortou o silencio foi Pedro.
- Deixe-me ver sua mão, ela está melhor? – ele se aproximou de mim e pegou minha mão.
- Sim Isabela já deu um jeito nela, e pelo o que ela disse amanhã já estará novinha em folha – eu sorri, e o olhei nos olhos enquanto ele olhava cada linha de mão buscando por algum machucado, e olhando naqueles lindos e profundos olhos verdes eu tinha certeza, eu estava completamente apaixonada por Pedro, eu não sei dizer desde quando, mas algo dentro de mim me diz que foi desde quando o vi pela primeira vez entrando na sala de aula, percebendo meu olhar ele olhou para cima, e se surpreendeu por ser observado, e provavelmente todo o amor que eu sentia deveria estar estampado no meu rosto porque ele apenas sorriu e passou as mãos pelos meus cabelos tirando os do meu rosto, eu virei minha cabeça de modo que ficasse deitada em sua mão, ele sorriu e começou a se aproximar, em instantes nossos rostos estavam colados eu podia ouvir minha respiração acelerada e então nós nos beijamos, foi perfeito, era como se fossemos feito um para o outro cada linha de nosso rosto se encaixava perfeitamente, Pedro começou me beijando devagar, mas logo foi ficando mais urgente, mais quente, ele desceu uma das mãos do meu cabelo para minha cintura e me puxou para perto dele, eu passei minhas mãos pelos seus cabelos e o puxei para perto, eu queria que fossemos um só, e estar ali com Pedro era como uma droga perfeita para mim, eu não conseguia me controlar, o desejo, o amor, a saudade, tudo se uniu em um só beijo, ele estava começando a puxar minha coxa para cima dele, de modo que eu ficasse sentada quando ele ouviu algo.
- Seu pai está vindo vê-la. – ele disse me olhando com um sorriso no rosto, eu passei minhas mãos delicadamente por toda a linha do seu rosto, o olhando admirada por tanta beleza. – O que foi? – ele perguntou sorrindo.
- Você é lindo – eu sorri
Ele riu
- É eu sei disso – ele disse rindo e eu dei um empurrão nele e ele pegou minha mão a beijou e a passou por todo o seu rosto – E você é tudo que eu sempre quis. – ele disse me olhando nos olhos.
Eu o beijei mais uma vez, mas dessa vez foi calmo, tranqüilo, era como se eu estivesse sendo levada pelo mar, era como uma brisa, fez com que todo o meu corpo relaxasse, e então eu sai.
- Meu pai está muito perto? – eu o encarei
Ele sorriu
- É... Mas perto do que eu desejo – ele sorriu – Eu vou sair para que vocês possam ficar a sós, mas mais tarde eu volto... Se você quiser que eu volte – ele disse me olhando nos olhos.
- É melhor você não demorar demais – eu disse sorrindo, ele retribuiu o sorriso e me deu um Celinho.
- É ótimo ouvir isso, mas agora eu tenho que correr – ele se levantou e foi com velocidade de vampiro até a porta, antes de sair ele se virou para mim. – A propósito, ótima luta – ele disse sorrindo e então sumindo como um vento forte que veio e se foi.
Quando meu pai chegou ao meu quarto eu estava sorrindo sozinha.
- Oi Catarina, como está sua mão? – ele disse aproximando.
- Está bem, Isabela já deu um jeito não é nada. – eu disse sorrindo pra tranqüilizá-lo
- Me desculpe por Flávio, imagino que ele não saiba o que é limites.
Eu sorri
- Eu não sei por que estão tão preocupados com Flávio se foi eu quem ganhou a luta, e ele quem teve uma espada enfiada em seu estômago. – Ele me olhou surpreso, como se não soubesse dessa parte.
- O que você fez Catarina? – ele se aproximou e sentou na cama.
- Eu lutei com ele, e confesso que o jeito dele me irrita então quando ele cortou minha mão eu não consegui me controla e enfiei a espada em seu estômago, mas ele vai curar de qualquer forma então – eu disse reprimindo o riso.
E para minha surpresa meu pai começou a rir.
- Essa é minha filha – ele disse me abraçando. – Agora eu tenho que resolver um problema rápido, será que você poderia me acompanhar ao meu escritório e me esperar lá? – ele disse se levantando.
- Claro

Nós fomos para o seu escritório e eu fiquei lá sentada, mas pelo visto ele iria demorar mais do que me disse então me levantei e comecei a olhar as coisas de perto, as esculturas, as pinturas, e quando cheguei aos livros me impressionei com a sua coleção, mas no momento em que puxei um livro uma porta se abriu na parte de trás do escritório no canto esquerdo atrás da mesa, coloquei o livro no lugar e fui até a porta. Quando a abri me deparei com um corredor, eu o segui e mais a frente pude ver outra porta, e quando abri a porta, eu não conseguia me mover, eu não conseguia acreditar naquilo que estava vendo, então tudo fazia sentido agora, senti uma dor agonizante em minha cabeça e só me lembro de cair.


Um comentário:

  1. Karina-Cullen Salvatore22 de julho de 2011 às 17:34

    Eu quero mais. Pelo amor de deus posta imediatamente esse capitulo se não eu enlouqueço.
    Agora eu tô indecisa entra o Pedro e o Flávio *_*

    ResponderExcluir