terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 10 - Novos Amores

TV on the Radio - Wolf Like Me

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Às vezes quando olho seu rosto
Ela me leva para aquele lugar especial

E se eu fixasse meu olhar por muito tempo

Provavelmente perderia o controle

( Guns N' Roses - Sweet Child O' Mine)


Pedro:

 Nós quase tínhamos nos beijado, confesso que no começo eu não quis conhecer Catarina, pelo o medo de que o que eu ainda sentia por Katherine viesse à tona, e que todo esse tempo que eu passei tentando esquecê-la, se perdesse nos primeiros três segundos que nos olhássemos, mas agora eu não podia evitar, Catarina era ainda mais ousada que Katherine, e consegue me fazer perder todo e qualquer controle só com o olhar, e agora que o jogo começou, eu não posso evitar querer jogá-lo, não posso mais ficar longe dela, e quando estou perto tudo que quero é me perde em seu corpo.
Eu saí de seu quarto e fui ao encontro de Henrique, Flávio me acompanhou, quando estava saindo do quarto Flávio me olhou de cima a baixo.
- Posso estar errado, mas juro ter ouvido uma respiração ofegante, e cá entre nós querido Pedro, sabemos que nós não respiramos então logo presumo que a bela Catarina deve ter estado bem entretida. – ele me olhou e seu sorriso presunçoso tomou conta de seu rosto, Flávio era esperto, esperto até demais para o bem dos outros.
Eu o peguei pelo pescoço e o taquei na parede com toda a força.
Ele sorriu
- Mas eu tenho que concorda Pedro, Catarina realmente faz qualquer um perde a cabeça – ele riu, antes que eu percebesse, ele me pegou pelo pescoço e me tacou para longe, Flávio era forte, o único servindo a ordem que conseguia lutar por igual comigo, e como um vulto ele se aproximou e ficou parado nos meus pés.
- E você Pedro lembre-se com quem está falando – ele me encarou.
- Você vai mesmo querer jogar esse jogo Flávio? Lembre-se que eu não tenho nada a perder. – Eu me levantei rapidamente e o encarei.
- Eu não apostaria tanto nisso Pedro, porque tenho certeza que você não quer perder a Catarina, mas nós dois sabemos que isso vai acontecer, só não sabemos ainda se você vai perdê-la para mim ou por si mesmo.




Catarina:

Quando acordei estava em uma posição desconfortável, que com certeza era a origem das dores que eu estava sentindo no pescoço, me sentei e fiquei pensando em como seria o meu dia. Eu não conhecia nada aqui, o lugar, as pessoas, até agora somente meu pai e o Pedro.
Pedro no momento em que seu nome tomou conta dos meus pensamentos, pude sentir meu rosto corar com a lembrança da noite passada, agora mais calma e com menos calor borbulhando pelo meu corpo eu pude pensar melhor, nós quase tínhamos nos beijado, e esse quase estava me preocupando, como seria quando nos víssemos de novo? Ele me trataria diferente ou ontem não passou de dois adolescentes trancados sozinhos em um quarto com os hormônios a flor da pele? Não, Pedro era maduro ele sabia exatamente o que estava fazendo, e ele estava jogando, o problema é que quando se trata de Pedro eu nunca sou eu mesma, e no fundo eu sabia que ontem o jogo já tinha começado, e que fui eu quem deu a partida.
Me levantei e fui para o banheiro que tinha em meu quarto depois de um longo banho quente, me vesti e fui pentear o cabelo, nesse momento alguém bateu na porta.
- Entre
A porta se abriu e uma menina com mais ou menos a minha idade entrou, ela tinha cabelos loiros como os de Clara o que me fez sentir uma pontada de dor, e seus olhos eram castanhos.
- Desculpe interromper, mas sua mãe quer vê-la. – ela sorriu.
- Não interrompeu, obrigada por avisar, eu já estou quase pronta. – correspondi o sorriso, ela parecia ser legal.
- Meu nome é Hevi, e se precisa de uma amiga, ou apenas de uma guia, pode contar comigo. – como eu disse, ela era legal, e minha intuição me dizia que ela era uma boa pessoa, e até agora minha intuição não me desapontou.
- Prazer Hevi, eu sou Catarina como você já deve saber – eu ri – Obrigada.

Terminei de pentear meus cabelos e sai com Hevi, seguimos um corredor extenso, e viramos à direita, essa mansão parecia um caminho de rato, era cheia de corredores, portas e escadas.
Chegamos ao um corredor que ficava mais ou menos no segundo andar e paramos a uma porta grande a nossa direita, Hevi bateu e pude ouvir uma voz dizendo para entrar. Quando Hevi abriu a porta pude ver uma mulher de cabelos negros e olhos verdes, que eu poderia jurar que era exatamente como eu estaria daqui a poucos anos, já que ela era mais jovem do eu esperava. Assim que entrei, ela sorriu e se levantou da cama vindo em minha direção.
- Obrigada Hevi. – ela sorriu olhando para Hevi, logo depois ela veio em minha direção e me deu um abraço forte, no momento em que ela me envolveu em seus braços e eu pude sentir seu cheiro, eu comecei a chorar, uma dor tão forte tomou conta de mim, e descobri que eu possuía um vazio muito maior do que eu pensava, minha mãe era tudo de mais precioso nesse mundo, como eu posso ter ficado longe dela todo esse tempo? Eu a abracei mais forte e quando notamos nós duas estávamos chorando, mas suas lágrimas eram de sangue e eu me assustei, sai de seu abraço e limpei suas lágrimas o mais rápido que eu pude, ela riu com meu movimento estabanado.
- Calma minha filha está tudo bem, os vampiros de sangue puro como eu e seu pai, choramos sangue porque não ingerimos mais água no nosso organismo está tudo bem, desculpe assustá-la assim. – ela sorriu e limpou as lágrimas.
Eu ri
- Desculpe, eu pensei... Bem eu não sei o que pensei, mas tendo uma mãe vampira não era para eu me assustar com lágrimas de sangue. – nós começamos a rir. – E qual o seu nome? – eu a olhei.
- Meu nome é Isabela – ela sorriu. – mas se quiser pode me chamar de mãe, mas não precisa se apressar, quando você estiver pronta.
- Obrigada Isabela, é porque isso tudo é tudo muito novo pra mim, eu sinto coisas que eu não sei explicar por pessoas que eu nunca vi antes como você e o Henrique e o... Hãm... Eu só estou confusa.
Ela me olhou nos olhos, e nós duas sabíamos que eu estava falando de Pedro.
- Eu entendo Catarina, mas isso tudo vai passar você vai ver, em pouco tempo você vai se sentir em casa porque é aqui que sua família está, e aqui é o seu lugar, até lá você pode me contar o que quiser, e falar comigo sobre tudo. – ela passou a mão em meus cabelos.
- Obrigada Isabela. – eu sorri
- Você é tão linda, e está tão madura, a família do Brasil realmente te educou muito bem. – ela sorriu e então passou o dedo pela linha do meu rosto próxima aos meus olhos. – eu te amo minha filha.
Eu sorri e a abracei.
- Isabela, o que eu vou fazer hoje? – eu a olhei saindo de seu abraço.
- Esse era um dos assuntos que eu queria tratar com você, seu pai quer vê-la, porque ele quer que você assista a um treino de espadas dos vampiros que servem a ordem.
Eu a encarei.
- Por quê?
- Catarina tem vampiros atrás de você a mando de seu tio, por mais que você não vá sair dessa mansão até que esteja em segurança e que aqui tem todos os membros da ordem e seu tio não seria louco de entra, ainda sim você tem que aprender a se defender. – Isso fazia sentido afinal, eu não teria Pedro para sempre ao me lado me defendendo, e mesmo se tivesse eu queria ser capaz de defendê-lo também.
- Eu entendo Isabela – eu a olhei – E onde ele está?
- Ele está em seu escritório, eu vou levá-la lá. – ela sorriu e se virou para Hevi. – Hevi muito obrigada por trazê-la aqui, agora pode deixar que eu irei guiá-la. – ela sorriu para Hevi que me mandou uma aceno e partiu.

Nós fomos ao escritório de Henrique, ao entramos não o vimos, Isabela decidiu esperar por ele e enquanto isso me contou tudo sobre cada obra que tinha pendurada naquela sala inclusive sobre o retrato de meu pai e de meu tio.
- Mãe, meu tio está aqui? – eu a olhei.
- Sim e a propósito ele quer vê-la meu amor, eu tenho certeza que vocês vão se da muito bem, seu tio tem um espírito de um jovem. – ela riu
- Quantos anos ele tem? – eu a encarei.
Ela riu
- Depende... Você quer dizer como vampiro, ou antes, disso?
- Eu tinha me esquecido disso, bom pode ser os dois. – eu sorri
- Como vampiro eu não tenho certeza, mas são muitos e muitos anos, ele é um dos primeiros assim como seu pai, e antes disso ele tinha vinte e cinco anos.
Eu a olhei surpresa
- Só isso? Então ele é jovem. – eu ri – por isso o espírito jovem Isabela.
- Sim, mas ele também é muito maduro, e muito sério quando tem que ser assim como seu pai.
- Por falar nisso me fale mais sobre você e Henrique, como vocês se conheceram. – eu sentei em um sofá poltrona a puxando para sentar ao meu lado, ela sentou rindo, mas pude sentir que sua expressão mudou quando pedi para ela contar a história deles dois.
- Bom deixa eu vê por onde eu começo – eu pude perceber que ela estava escolhendo o que poderia me contar, e confesso que isso me deixou intrigada, mas antes que ela pudesse me contar qualquer coisa Henrique entrou na sala, salva pelo gongo.
- Bom dia minhas senhoritas – ele sorriu. – Vejo que já conheceu sua mãe Catarina – ele veio em nossa direção e depois parou – Espere me deixe contemplar mais um instante, ver vocês duas assim juntas, na minha frente, é quase uma obra prima – ele riu.
Minha mãe se levantou toda elegante e charmosa e foi até ele.
- Mesmo assim Henrique, você não escapar do sermão por deixar duas damas esperando em seu escritório esse tempo todo. – ela o beijou, somente um Celinho, mas eu pude ver o amor que vinha dos dois.
Ele sorriu
- Me desculpe, eu estava resolvendo assuntos da ordem. – ele sorriu para mim – E como foi sua noite? Dormiu bem Catarina?
- Sim, obrigado. – eu sorri de volta. – Minha mãe disse que você quer que eu assista o treino de espadas...
- Sim eu gostaria, mesmo que eu deseje que você nunca precise você tem que ser forte e aprender a se defender.
- Tudo bem, e quando eu começo? – eu o olhei.
Ele sorriu de volta surpreso.
- Agora mesmo – ele sorriu de uma forma como se lembrasse de algo.
- O que foi? – eu perguntei, e ele fez uma cara surpresa, como se tivesse mostrado demais.
- Nada só estou animado com o seu entusiasmo – ele pegou a mão de Isabela – Venham, vou levar Catarina até o campo.

Nós saímos da mansão pela parte de trás e pela primeira vez eu vi um campo lindo verde, agora o Carvalho estava mais perto, e a floresta também, mas ainda sim matinha uma distancia considerável. Mais a frente tinha uma parte do campo como uma arena, toda de pedra, em forma de um quadrado grande e largo e pude vários vampiros em volta mantendo distancia e observando com sorrisos maléficos no rosto, o que me fez tremer. Estavam dois vampiros no quadrado, e eles estavam se cumprimentado como se fossem começar a luta, o do lado esquerdo eu nunca tinha visto, mas o outro eu reconhecia era Flavio.
Henrique nos guiou, e nós aproximamos mais deles, e quando fui chegando mais perto do outro lado do campo puder ver Pedro, e nesse momento meu coração disparou, como se ele estivesse prestando atenção em meus batimentos nesse momento ele me olhou, e eu virei. Henrique acenou para que ele viesse até nós e quando eu pisquei, ele já estava na frente de Henrique, eu levei um susto, pelo o que parecia ia levar muito mais tempo do que eu esperava para eu me acostumar com a velocidade deles.
- Pedro, Catarina irá assistir o treino hoje e quero que lhe faça companhia
- Claro senhor, será uma honra.
- Obrigado Pedro. – ele se virou para mim – Catarina depois daqui você tem seu dia livre e se quiser pode passar no meu escritório para conversarmos mais um pouco. – eu assenti.
- Minha filha, mais tarde eu irei ao seu quarto, para conversarmos tudo bem? – Disse Isabela já se afastando e acenando, quando eles saíram me virei para Pedro e nesse momento eu soube que minhas bochechas deveriam estar vermelhas.
- Teve uma Boa noite? – ele disse me olhando com aquele sorriso safado, mas agora estávamos na frente de pessoas, e eu tinha que me controla.
- Muito boa e a sua?- eu disse andado por ele.
- Ótima – ele disse vindo atrás de mim – Você já teve aula de espadas Catarina? – ele me encarou.
- Não, mas sempre achei muito interessante.
- Hum... É realmente muito bom, e precisa de muita atenção. – ele sorriu.
- Espero que isso não seja um problema. – eu disse o olhando nos olhos, com Pedro eu era sempre assim, ousada, sempre jogando o jogo dele, e isso estava ficando mais intenso a cada encontro nosso.
- Imagino que não seja – ele sorriu maliciosamente.
Nesse momento eu me virei e comecei a presta atenção nos golpes de cada um dos vampiros que estavam lutando, eram apenas vultos, eu não conseguia ver ao certo cada um era tudo muito rápido só pude ver quando Flávio parou e enfiou a espada na barriga do outro vampiro.
- Flávio ganhou – Anunciou outro vampiro que parecia ser o juiz.
Flávio se virou retirando a espada e a girando no ar e parou quando me viu. Ele me lançou um sorriso safado e estendeu suas mãos para mim.
- Quer tentar bela Catarina?

2 comentários:

  1. Karina-Cullen Salvatore19 de julho de 2011 às 19:22

    Ainnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn...
    Eu quero ler o resto. Isso não é justo juh, vc ta fazendo igual a line, deixando a gente curiosa.

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  2. HAHAHAAHAHAHHAHA

    Mas essa é a parte legal, a curiosidade :)

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